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A língua é uma das minhas maiores paixões - seja no campo da linguística seja relativa ao paladar. Este blog está centrado na primeira opção, mas de tudo um pouco pode ser encontrado aqui: leituras deleite, dicas, tira-dúvidas, análises linguísticas e tópicos de gramática normativa, curiosidades, humor e muito mais. Está esperando o quê?! Professor Diogo Xavier

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A relação entre a literatura e a realidade


     A literatura é uma forma de arte que se utiliza da escrita como matéria-prima. Podemos considerar a literatura, enquanto expressão artística, como ficção, que seria uma criação fantasiosa, imaginária. Porém, mesmo sendo uma criação, “saída da cabeça de alguém”, a literatura pode ter uma profunda relação com a nossa realidade, externa à obra literária. Nesse caso, podemos entender a literatura como uma criação em que o autor faz uma leitura particular e (geralmente) original da realidade. Na realidade interna, aquela que se passa dentro da obra, podemos sempre identificar uma visão ou uma perspectiva diferente da nossa realidade, o ponto de vista do autor.
     Para alguns é difícil aceitar essa relação íntima entre a realidade da obra e a nossa realidade ao se depararem com obras em que a fantasia atinge um alto grau. Exemplos claros são a série Harry Potter ou O Senhor dos Anéis. Criaturas estranhas, feiticeiros, almas, espectros, etc. são alguns dos elementos fantasiados nessas obras. Ainda assim podemos dizer que há, contida nessas obras, a visão dos autores a respeito de nossa realidade. Quando olhamos mais profundamente para essas obras, podemos ver temas como o amor, a amizade, a traição, a maldade, a luta pelo poder, temas esses que não se distanciam de nossa realidade.
     Outro exemplo que podemos dar é o da obra machadiana Memórias Póstumas de Brás Cubas, em que o narrador conta suas memórias após sua morte através de um “processo extraordinário” que ele prefere não descrever. Apesar do tom de fantástico, a obra descreve através das personagens o homem e a sociedade do século XIX, aliás, temas como o adultério, a falsidade, o relacionamento por interesse, entre outros não deixaram de existir em nosso século, muito pelo contrário, continuam se manifestando. Se a proposta da escola realista, de que Machado de Assis faz parte, é tentar mostrar a realidade tal qual ela é, o fato de um defunto contar sua história não exclui a relação da obra com a realidade.
     Dessa forma, a leitura de obras literárias pode nos ajudar a compreender melhor a nossa relação com o mundo, com a sociedade, com nossa realidade, e até com nós mesmos, uma vez que a elas nos mostram diferentes perspectivas da realidade, que nos fazem refletir, questionar, e em alguns casos, desconstruir e reconstruir nossos conceitos.

Diogo Xavier
Recanto das letras - publicado em 11-05-2008


tags: literatura, realidade, teoria literária, ficção

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

::: UNACOMO :::: História Misteriosa do Homem da Meia-Noite Comemora 80 anos

::: UNACOMO :::: História Misteriosa do Homem da Meia-Noite Comemor...: O boneco gigante do Homem da Meia-Noite é a grande atração do bloco Foto: Malu Silveira / NE10

O mês do Carnaval 2012 já começou com comemoração no Sítio Histórico de Olinda. A figura mística do Homem da Meia-Noite, importante bloco carnavalesco da cidade, completa 80 anos de vida nesta quinta-feira, dia 02 de fevereiro. Coincidência ou não, na mesma data em que se comemora o Dia de Iemanjá, a rainha do mar.

A criação do clube, nascido no ano de 1932 após uma briga entre os intregrantes da tradicional troça carnavalesca O Cariri de Olinda, ainda conta com duas versões muito fortes. A primeira afirma que um dos fundadores, Luciano Anacleto de Queiroz, apaixonado por cinema, se encantou com o filme O Ladrão da Meia Noite. O enredo contava a história de um galante homem que saia de dentro de um relógio gigante para assaltar a população de uma cidade.

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Frevo - É de fazer chorar


Mal chega começa a festa de Momo, e já dá pra sentir o tempo indo embora. Daqui a pouco chega a Quarta de Cinzas e a espera pelo próximo Carnaval começa novamente. O frevo a seguir traduz fielmente essa sensação:




É DE FAZER CHORAR
frevo-canção de Luiz Bandeira

É de fazer chorar
Quando o dia amanhece
E obriga o frevo acabar,
Oh! quarta-feira ingrata,
Chega tão depressa
Só pra contrariar...


Quem é de fato um
Bom pernambucano,
Espera um ano
E se mete na brincadeira,
Esquece tudo
Quando cai no frevo,
E no melhor da festa,
Chega a quarta-feira...







tags: frevo, carnaval, pernambuco, é de fazer chorar, Luiz Bandeira, recife, olinda, festa de momo, quarta feira de cinzas

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Sherlock Holmes - Um estudo em vermelho

Clique para baixar: Um estudo em vermelho

Saudações a todos!
Como falei no post anterior, estamos fazendo mudanças para ampliar nossas possibilidades de interação. Entre elas, está oferecer boas condições aos portadores de smarts e de tablets. Pois bem, entre os formatos de ebook (livros digitais) para smarts e tablets mais conhecidos está o epub. Esta sériede posts visa disponibilizar algumas obras importantíssimas da literatura brasileira e universal. A começar pelo livro de estreia de Sir Arthur Conan Doyle, autor das aventuras de Sherlock Holmes, o detetive mais conhecido nos livros afora. Convém ressaltar que, pelos meus cálculos, a obra do referido autor já é de domínio público, pois já se passaram mais de 70 anos desde sua morte. Portanto não há problema em disponibilizar o livro aqui, certo FBI?



"Um estudo em vermelho" é a primeira história dos feitos do detetive Sherlock Holmes e o primeiro livro publicado pelo escritor Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930). Um homem é encontrado morto e sem nenhum sinal de ferimentos, porém cercado de sangue, o mesmo com o qual se escreveu numa parede: "Rache". No rosto da vítima, uma expressão de pavor. Um caso acima das capacidades da força policial da Scortland Yard, mas não para Sherlock Holmes e suas fascinantes técnicas de observação e dedução, ajudadas por seus profundos conhecimentos sobre pegadas, cinzas de cigarro, grafologia entre outros. Quem narra a história é o seu recém-conhecido companheiro de apartamento, Dr. Watson, narrador atento e minuncioso, além de maravilhado com o talento de seu amigo.



Se interessou? Basta baixar no link no início desta postagem e abrir com um dos vários leitores de epub disponíveis na internet.

Pode baixar também direto pelo celular com o leitor de QRCode:

Aguardem os próximos livros da série Sherlock Holmes e outros.
Diogo Xavier